quinta-feira, 7 de abril de 2011



BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
(Machado de Assis)





A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.






Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.




    Essa é a minha homenagem a você, meu grande amigo Prince, que nos deixou na noite de 06 de abril. Me lembro de nossa despedida e das longas tarde e noites que passamos juntos. Sua alegria contagiante e todo o seu carinho pela minha família jamais estarão esquecidos. Até o último dia de vida que Deus me der, estará em minhas recordações os maravilhosos momentos que passamos juntos. Você foi um amigo fiel, engraçado, com qualidades maravilhosas que raramente encontramos em humanos. Sua perda com certeza é insubstituível, assim como foi seu jeito de ser. Esperamos ter sido os melhores donos e que tenha gostado de conviver conosco. Amamos você de uma forma muito especial e carinhosa, assim como você tratava a todos. Saudades sentiremos sim, mas agradecemos a Deus por ter nos escolhidos para cuidar de você. Muito obrigado, meu grande amigo Prince.


 Keep loving

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"É Proibido"


"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos


Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,


Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,


Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual".


(Paulo Neruda)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Loucura conveniente

"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes" (1 Coríntios 1.27)
Existem algumas situações extraordinárias em que encontramos o Reino de Deus. Em geral, esperamos encontrá-Lo nas boas obras e ações altruístas, as quais são legítimas identificações dos cidadãos desse lugar. Entretanto, considerando a sabedoria de Deus como loucura para os homens, acontecimentos injustos aos olhos do mundo se tornam a alegria do justificado pela fé.
Diferente do senso comum, o Reino de Deus pode não ser experimentado em uma demonstração de justiça, mas no sofrimento de uma injúria. Assim que Jesus nos orienta em seu famoso Sermão da Montanha (Mateus 5, 6 e 7). Ele nos ensina que o Reino é encontrado quando oferecemos a outra face logo depois de uma agressão, em andar mais de uma milha mesmo se a primeira foi forçada, ou ainda entregar a um assaltante mais do que nos foi requerido.


Dessa forma, entendemos a razão pela qual o cristianismo verdadeiro é tão impactante na Terra. Diante de geleira espiritual desesperadora do mundo, os homens e mulheres tocados pela graça do Filho de Deus são verdadeiras chamas de esperança. O amor se torna o combustível que impulsiona o discípulo de Jesus a viver conforme a “loucura do evangelho”. Então, guiados pelo Espírito Santo, eles se tornam testemunhas de um Reino vindouro, capazes de abalar as estruturas do secularismo e brilhar em meio às trevas solitárias da existência humana.


Em suma, a intensidade do amor no coração do verdadeiro cristão o faz experimentar o Reino de Deus nas situações mais perturbadoras para os homens incrédulos. Assim, esses valentes defensores da promessa celestial demonstram sua fidelidade ao Rei. Não revidando as agressões, mas humilhando o mal com o amor.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Você crê no amor de Deus?

E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. (1 João 4:16)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A fogueira da Iniquidade

"Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos." (1 João 4:9)

Desde o dia em que aprendi o significado de iniqüidade, não parei de analisar o quão destruidoras são suas conseqüências. Em resumo, ela é a dureza e a insensibilidade de um coração, o qual não se importa mais com o pecado.  Assim, o iníquo comete progressivamente erros mais graves e não sente nem uma gota de arrependimento. Ou seja, uma vida sem lei.
A fogueira da iniqüidade é alimentada pela lenha da banalização. Na medida em que uma pessoa começa a aceitar como normal as mazelas da vida, novas labaredas surgem, de forma a se tornar um incêndio incontrolável. Então, a consciência individual é ofuscada pelo brilho das chamas, e não mais notada. Aquilo que antes era um alerta se transforma em desculpas, cujo objetivo é maquiar o pecado, dando-lhe uma aparência mais aceitável. Assim, a iniqüidade entra em cena, escravizando seu detentor.



Essa reflexão se intensificou logo após o término de uma festa de aniversário. Ao voltarmos por uma estrada, alguns cachorros saíram de um dos lados da pista, latindo para o carro. Porém, um deles acabou entrando bem na frente do automóvel. Havia como frear o veículo antes do choque, mas o motorista nem mesmo tirou o pé do acelerador, passando por cima do animal. E para finalizar o episódio carregado de brutalidade, ele, sem demonstrar nenhuma preocupação com o agonizante choro do cão, fez o que qualquer ditador sem escrúpulos faria: identificou como culpado a vítima e para ela apontou, com certo sarcasmo, o mérito de tal sofrimento por ter entrado em seu caminho.
Ao chegar em casa, a lembrança do triste acontecimento veio inevitavelmente a mim.  Comecei a não ver mais aquela vítima como um cachorro de rua, mas as tantas mulheres cujos casamentos foram atropelados pela iniqüidade de seus maridos. O cão se transformou nas incontáveis vidas cheias de traumas psicológicos, feridas pelas rodas da insensibilidade dos pais e familiares. Compreendi suas indignações, quando a esperança guardada no fundo dessas almas é esmagada pelo desprezo de seus agressores.



São nesses momentos que, com assombro, faço das palavras do apóstolo Paulo minhas: o amor de Cristo nos constrange. Muitos homens imperfeitos como eu poderiam ter misericórdia da vítima, mas amar o agressor somente através de Jesus é possível. Sem dúvida alguma, seu sacrifício na cruz é a maior expressão de amor demonstrada em todos os tempos, pois seu sangue foi derramado para livrar da morte tanto o iníquo quanto as vítimas da dureza de coração. Afinal, os dois são vítimas, direta ou indiretamente, do pecado que um dia entrou no mundo.

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I Coríntios XIII


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